É algo ruim, mas também é algo bom.
É um acúmulo de angústia, mas também de felicidade,
Como se eu fosse a pessoa mais feliz do mundo, e ao mesmo tempo
a mais triste
É uma mistura de dor e prazer,
Como se uníssemos o açúcar ao café amargo,
Como se eu estivesse dormindo, e acordada para saber que durmo
É uma confusão, munida de certezas...
Que constrói uma história destruindo-a
É um espetáculo escuro, cheio de luzes...
Não,
este espetáculo não existe. Sou eu, apenas eu
Esse show de antíteses sou eu
Que não sei sabendo
Que digo sim, movendo a cabeça negativamente;
E que durmo acordada, acordo dormindo
Choro sorrindo
Grito em silêncio
E então desisto, desisto de tudo e de todos
Para poder sentir a sensação de recomeço,
Sentir aquele medo de errar e de acertar...
Aquele medo de viver e estar morrendo a cada dia
É difícil ser eu?
É fácil ser eu?
Não sei o que é ser.
Hanna Oliveira